
As palavras do sofrer ficam tão escritas em nós, gravadas em pedra de ser, tão escritas, tão lembradas...que nem se conseguem escrever. São palavras de apagar que estão sempre a aparecer e não sabem o desaparecer. Nem aquela borracha de ser, não chega, não consegue o seu esconder. Entende-las só o sofrer que é uma palavra de viver. É daquelas palavras tão vivas, que eu queria conhecer, quem vive e a consegue esquecer...
No seu canto sossegada parece adormecer, mas qualquer ruído de nada, qualquer gota de chover, basta para a fazer renascer. Não é palavra, não chega a ser nada, é só um doer que sentimos e não sabemos escrever. Não é palavra, não é nada, é a impressão que nos fica...um procurar qualquer coisa que ali esteve guardada e já nem sabemos do sítio para onde foi atirada. É vida e a vida a sabe entender. Não é palavra, não é sofrer... é viver...e a vida o sabe dizer...
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