...porque as melhores coisas nunca são de saber, não há quem as saiba dizer, são coisas de ser...
domingo, 24 de outubro de 2010
Mário Quintana - Amo-te...
Quero todo o teu espaço
e todo o teu tempo.
Quero todas as tuas horas
e todos os teus beijos.
Quero toda a tua noite
e todo o teu silêncio.
Mário Quintana in Em prosa e verso
Nunca sei se o quero está em ti, é de ti ou simplesmente é algo que pres(senti) por essa palavra: ti.
Quero é talvez demais, é mesmo um exagero; se se ama nada se quer, não adianta um queira ou não queira. Só o amor pode um querer e até o amor é sem querer. Quem é capaz de ter querer... é só o amor aparecer; faz questão de o dizer: querer, nem ele o quer ter. É tão simples, quem ama sabe entender, tentem querer um amor ou mesmo esquecer sua dor. Quem foi capaz de um querer ou não querer no amor ou no que ele pode ser?...
Eu quero palavras a ser, daquelas coisas que não se podem ver, um amor que não seja de querer...
Eu quero um amor sem querer
qualquer coisa que não se possa entender
saber que não há tempo e só o querer perder
não entender nada que possa ser dito a dizer
sentir tudo a acontecer
ser feliz
deixar de pensar
não ver
e poder olhar só o teu coração a bater
algo que ultrapasse o entender
e saber
sem ser preciso dizer
quero-TE ainda que tenha sido sem querer...
Quem encontra um amar,
quer lá saber de um querer,
ama quer queira ou não queira
e só quer o seu dizer.
Eu quero TE sem querer
e quero poder dizer
sem saber
sem entender
não sei se quero ou não quero
porque aquilo que me vieste oferecer
é algo que me deixou sem querer.
E mesmo sem querer eu não o quero perder e quero que possas entender: esse algo é apenas aquilo que te quero devolver e ainda não aprendi a dizer: é um amo-te sem querer, algo que me deixa sem querer, sem dizer, sem entender e não chega para dizer, porque o amo-te que ouvi de ti, não tem tamanho, não chega, para poder devolver algo que me vieste oferecer...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário