...porque as melhores coisas nunca são de saber, não há quem as saiba dizer, são coisas de ser...







sábado, 24 de abril de 2010



Tragam palavras...
Sei de um Amor e quero dizer...

...palavras que digam o mais belo falar.
Palavras felizes, não precisam saber....
Elas não sabem do amor
do seu falar,
do mais belo dizer...


O mais belo falar, eu ouvi num silêncio que o Amor veio trazer.
É esse silêncio que eu quero dizer...


É no silêncio que o Amor se põe a escrever as mais belas palavras que alguém há-de ler... Não há quem escreva com este dizer. Escrever um tal silêncio...só o Amor para o fazer...
Mistério... é não pararmos de pensar que o sabemos fazer e continuarmos a escrever palavras que só falam e não sabem dizer...
E falarmos a pensar que o sabemos dizer...

O Amor sabe um silêncio que pode dizer coisas que ninguém consegue entender.
É o seu silêncio que eu quero escrever...





É para ti o silêncio... é tudo o que te quero dizer...

domingo, 18 de abril de 2010




O tamanho do que tenho para te dar, é um grande, tão enorme no seu caber, que é capaz de ocupar todo o espaço que pode haver numa palavra de escrever. E consegue lá caber. Escreve-se numa palavra que ninguém sabe entender. Fala sempre aquela língua que qualquer um pode saber. Essa palavra, ainda nem a sei escrever. Ofereço-ta porque quero aprender, o escrever de uma palavra que não pára de crescer. É daquelas palavras que põe um coração a bater, só com o seu escrever. Por estas linhas, eu não a sei explicar. É no que não te sei dizer, por linhas de escrever que ela se vai esconder e eu fico aqui a ver, a olhar... sei que a vais encontrar. Só tu a podes saber, é para ti o seu guardar.


Pensar...
não pode ser só palavra ou verbo de fazer, deixa de o ser. Não é algo que se consiga fazer. Nem é nada que seja de querer...
Pertence àquelas coisas que deixamos de saber fazer, sempre que o amor nos vem querer...
E eu não te consigo pensar, só não sei como se faz para parar de o fazer... Pensar é a maneira do Amor ser... pensar passa a ser um nome que encontramos para dizer, quando deixamos de saber o que andamos a fazer...
Pensar deixa de o ser...sentir é o Amor a pensar...
Sentir é um pensar que se pensa no coração... E eu não te consigo pensar, sinto que estás em mim a ficar num lugar onde não consigo chegar... E não te quero tirar, amor, desse sentir de pensar... Eu não páro de te sentir e penso que isso é pensar... e o coração vem falar o pensar que sinto e não sei pensar...O Amor é um simples assim... é só deixar o coração a pensar e pôr na cabeça um calar...talvez isto seja amar...
Eu não sei falar com palavras o sentir que me vem pensar quando penso que te estou
a pensar e te sinto em mim sem pensar, num pensar que te quero dar...
É o meu sentir que te quero entregar, é teu, só teu... o resto não é de importar, são só coisas de pensar...

sábado, 17 de abril de 2010



Nunca ninguém me tocou assim...
tão dentro, num perto que nem eu sabia que havia aqui em mim...
E saber que os teus dedos ainda procuram por mim...
...nem sonham...
Teus dedos, eles não sabem como tu me tocas a mim...

domingo, 11 de abril de 2010




Não é um poema de amor que te quero dar, porque poemas de amor eu não os sei escrever. Poemas de amor são só letras de desenhar, são a voz de poetas, a quem o amor faz perder o falar, são o seu calar. Só quem os lê os consegue escrever. Este é um poema que te quero dar, é um amor em poema que anseia pelo teu ler como a sede de quem anda por um deserto sem beber. É um amor em poema, uma coisa pequena, que se pode escrever numa folha de agenda daquelas de lembrar, como se um amor pudesse ter uma hora de marcar ou fosse daquelas coisas que se costumam esquecer...é um amor em poema que procura, quer encontrar, o ler que se esconde no teu olhar, um ler capaz de entender, capaz de percorrer cada letra como se a fosse beijar num beijo que há muito se anda a guardar e agora se quer entregar. É um amor em poema, porque não sei escrever um poema e sei que me vou perder, amor, pelo teu ler. E se perguntarem pelo poema, só vou dizer: amem e vão saber o seu ler...


sábado, 10 de abril de 2010




Da tua ausência eu não sei explicar, se estar ausente é não estar, não é uma simples distância que faz o ficar ou não...e se estou ausente de mim, é porque em ti ando a ficar...ainda que não saiba onde estás, ainda que sem saber noutro planeta estejas a viver, eu não sei explicar, sinto que em mim estás a ser... e uma ausência pode iludir, mas não é de medir pela medida de um longe, não são os metros, os quilómetros que conseguem separar, ausência é mais do que longe, é quando se deixa de estar no lado de dentro de alguém e sabemos que está mesmo ali, podemos tocar-lhe com a mão... ausência é estar a um milímetro, estar mesmo ali ao lado e andar a milhas, anos luz desse lugar...Da tua ausência eu não sei explicar...não é que não te queira encontrar...é só um querer entender como vieste em mim parar...Eu não sei da tua mão, mas são teus dedos que tocam um longe que é tão perto...tão perto que o teu beijo, me toca com seu escrever...o perto que te vou dizer, não é um simples perto de tocar...o perto de que quero falar, é um perto de ficar, que só há no coração...esse perto é o teu lugar...






...E a ausência é apenas uma ilusão, porque uma ausência na verdade é toda feita da distância que há dentro do coração...ausência é um poder tocar com a mão, a saber que nunca se chega ao coração...
talvez seja essa a razão... eu da tua ausência não sei explicar...
talvez porque um amor de verdade não sabe, não pode imaginar, o saber desse ausentar...

quinta-feira, 8 de abril de 2010





Sigo o Amor... tudo o resto, é mundo, não existe, não é de sonhar.






Apenas encontrei uma forma de vencer...amar.





Amar nunca é de doer, o que faz doer é sempre o sonho quando não deixa de o ser...






Só comecei a viver depois de aprender a sonhar...





Fui encontrar um beijo teu, perdido numa canção que há pouco me pôs a olhar...
E não consigo parar de sentir esse beijar...



Se me quero encontrar, nem sei onde procurar...
Já nem estranho... é a ti que vou sempre perguntar...

Talvez se eu pedir à Lua do teu olhar...



Talvez...
Se eu pedir à Lua
àquela que todos pensam que é sua.
Se eu lhe pedir devagarinho,
Se eu lhe pedir com jeitinho,
Talvez...
numa noite só para mim
a tal Lua que é de todos
Talvez...
a Lua possa descer lá do alto de te ver
e me consiga trazer
ainda que só para mim
o brilhar do seu luar
que é só o teu olhar
com as estrelas que ele cala.

E...os outros, os que não sabem desse olhar, do seu brilhar de luar,
vão olhar um luar de Lua, uma Lua que é de todos, cheia com o teu brilhar...
Tão cheia que a quero agarrar
(não vá ela rebentar...)
E vou pegar
no seu brilho de brilhar
esquecer o seu largar
e guardar o teu olhar...
pô-lo só a iluminar numa noite que cai dentro de mim...
só para poder tocar
só para poder segurar
um instantinho de nada
o brilho do teu amar
e senti-lo percorrer
cada pedacinho de noite que se estende pelo meu ser...
E continuar na certeza que é teu; é esse olhar que faz nascer estrelas de luar em todas as noites de mim...
Talvez...
não saibas desse luar que vive no teu olhar
ou das estrelas que correm quando te estou a pensar
ou de todas as noites que vêm só para os teus olhos fechar...
E me deixam adormecer pela noite que cai cá dentro... e puxo para mim o Amor que trazes espalhado em ti...E um Amor sem tamanho, vem destapar o meu ser e eu não consigo esconder o amar te que quero dar...
Talvez... possas ver estrelas em palavras que continuo a escrever, o teu luar...
Talvez... as saibas entender e esse teu brilhar as continue a espalhar...
E eu vou querer saber de cada noite com estrelas de oferecer...e de ti que as fazes nascer...


E quando precisares de me encontrar... procura no teu luar... é lá que estou, no seu esperar...






Como pode ser tanto e tão pouco um sonhar...É tão fácil um sonhar, basta acordar...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Quero amar-te pelo tempo de um poema...




Quero amar-te pelo tempo de um poema... perder-me na mais bela poesia que hei-de ler... um poema que só tu me pões a ler em linhas que desenho pelo teu ser... Eu não sabia este escrever... Este é o poema que me escreve, é feito com simples palavras que te amam e mo obrigam a dizer... um Amor em palavras de escrever...Quero amar-te pelo tempo de um poema...

terça-feira, 6 de abril de 2010

CORAÇÃO...





...um quase único lugar capaz de desacertar tudo o que a Ciência é capaz de estudar... eterno lugar onde o espaço deixa de importar, embora minúsculo no seu parecer, o espaço está lá, para conseguir caber mais um bocadinho do amar...o espaço/coração é uma espantosa "admoração"... embora sempre a enganar, dá-nos a ideia que vai rebentar mas... cada dia cresce um pouco, o pouco que vai chegar para o Amor lá encaixar... O coração é um espaço que nos põe no espaço a pensar...e ficamos sem saber: é o coração que tem espaço ou o Amor é de esticar?...E uma tal de Física, que dizem nos pode ajudar, o Amor só quer ignorar, diz que só a vai baralhar e nem nos quer responder... qual será então a Ciência a que o Amor vai recorrer para explicar o seu caber?...


Esta questão, não é questão, nem é pergunta, é loucura, nem o Amor para a entender, por muitos anos que passem o Amor não é Ciência, o Amor não é de entender...Só quem nunca amou um dia, pode pensar ser capaz de encontrar esta resposta: eterna interrogação para tamanha complicação: o Amor não tem resposta, experimentem perguntar-lhe: só sabe dizer do amar... E um dia, o Amor ainda vai ensinar a Ciência a experimentar e num mundo de pernas para o ar, é o Amor que nos vai começar a explicar... A Ciência, essa só vai complicar ao fazer-nos acreditar que tudo conseguimos explicar... e esta enorme confusão há-de acabar numa estação em que a Ciência há-de conhecer o gosto de uma paixão...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Não me venham perguntar...



Amar é ler pensamentos que ninguém sonhou que eram de ter...
Amar é não ser nada e nem se importar por não ser...
Amar é ficar sem ver nada e ainda ter a certeza de nada mais querer ver...
Amar é andar a sorrir sem saber ou chorar a ver o mundo à sua frente a aparecer...
Amar é nada saber... olhar uns olhos e saber que basta esse conhecer...
Amar é deixar de saber falar e entender só um dizer...
Amar é amar o amar que tu me vens entregar e atirar-te o meu amar só porque já não há lugar, não há espaço em meus braços para tanto amar guardar...e ficar sem querer saber do cair que ele vai ter, só para ficar a ver o teu ar, aquela maneira que tens de apanhar o meu amar...e não te poder abraçar com tanto amor para segurar...e sentir o teu beijar... o beijar do teu amar...
Amar...não me venham perguntar... amar é quando alguém deixa de saber falar, porque fica a saber ler, o que pensa que é pensar...não me venham perguntar...




domingo, 4 de abril de 2010

Ser feliz...



Um feliz dia para ti, porque a Páscoa todos sabem, já é feliz...
Não te esqueças de colocar cada sonho teu no chocolate de um ovinho.Caçá-lo como uma criança que procura os seus ovos. Encher o cesto até transbordar com todos os desejos que lá puderem caber. E a tua vida ficará tal como a queres: muito mais doce...

sábado, 3 de abril de 2010




Adivinhar palavras...
Escrever só para te encontrar... palavras de tocar com o seu ler como tocam numa folha de escrever...
Palavras que eu amo porque ignoram que não sabem o dizer...são palavras de escrever... sentem o que não te sei dizer... dizem o tudo em que me consegues ler...
As outras... são palavras de dizer, todos as podem escrever...
Essas palavras que escrevo, eu nem sei se são palavras, são letras de te escrever...são palavras de aprender, a escrever, com as letras de um amar que não é amar de ler...é tudo o que não se consegue entender...é este sentir que me põe a escrever... palavras que nos põem a olhar...que nos fazem ver um Amor, que nem eu sei se é de ler...Não conseguir pensar em mais nada a não ser nas palavras que ali fiquei a ver...Poder sentir o teu ler e deixar de saber escrever...e ver o tempo a parar, por causa desse escrever...




escrever... eu escrevo só em ti...

sexta-feira, 2 de abril de 2010



AMOR...

Ensaia um sorriso
e oferece-o a quem não teve nenhum.
Agarra um raio de sol
e desprende-o onde houver noite.
Descobre uma nascente
e nela limpa quem vive na lama.
Toma uma lágrima
e pousa-a em quem nunca chorou.
Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança
e vive à sua luz.
Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor
e fá-lo conhecer ao Mundo.

Mahatma Gandhi



Quando a gente ama alguém de verdade
Esse amor não se esquece
O tempo passa, tudo passa, mas no peito
O amor permanece
E qualquer minuto longe é demais
A saudade atormenta
Mas qualquer minuto perto é bom demais
o amor só aumenta

Vivo por ela
Ninguém duvida
Porque ela é tudo
Na minha vida

Eu nunca imaginei que houvesse no mundo
Um amor desse jeito
Do tipo que quando se tem não se sabe
Se cabe no peito


Mas eu posso dizer que sei o que é ter
Um amor de verdade
E um amor assim eu sei que é pra sempre
É pra eternidade

Quem ama não esquece quem ama
O amor é assim
Eu tenho esquecido de mim
Mas d'ela eu nunca me esqueço

Por ela esse amor infinito
O amor mais bonito
É assim nosso amor sem limite
O maior e mais forte que existe

Roberto Carlos(retirado de "O Pensador")








POEMINHA AMOROSO

Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo..."

Cora Coralina (retirado de "O pensador")