...porque as melhores coisas nunca são de saber, não há quem as saiba dizer, são coisas de ser...
domingo, 1 de agosto de 2010
Asas sem borboletas...
Paul Villinski
No mistério do sem-fim equilibra-se um planeta. E no planeta um jardim
e no jardim um canteiro
no canteiro uma violeta e sobre ela o dia inteiro entre o planeta e o sem-fim a asa de uma borboleta.
Cecília Meireles in "Pensador"
Se porventura não encontrares borboletas em teu jardim. Recorda-te, um dia as deixaste em mim...
Espreita os cantos de minha boca, as janelas de meus lábios:
borboletas, dançam uma dança.
Não são borboletas de jardim, voam livres no sem fim, porque te encontram em mim. Borboletas que são tuas, deixaste presas em mim, voam pelos cantos de mim...
Não me pousam
voam sem querer
nem querem saber do jardim...
Teu perto em meus lábios, o sem fim, borboletas voam sem asas,
vaivém de pertos e lábios
um céu e um jardim...
Lá longe,
aqui no centro de mim,
asas de borboletas voam,
sem saber de borboletas,
talvez borboletas sem asas,
voam, pisam o chão de mim.
O amor,
pisa um voar assim e asas sem borboletas, não pousam,
dançam o voar, o sem fim, perdido em qualquer mim...no fundo,
o amor talvez seja um simples assim:
dois pares de asas a voar sem borboleta,
um poder voar sem mim,
umas asas emprestadas por alguma borboleta que me quer voar a mim...
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