...porque as melhores coisas nunca são de saber, não há quem as saiba dizer, são coisas de ser...
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Mas o que é isto...
...é talvez a palavra que guardo em meus lábios e quero sentir-te desembrulhar como prenda que se recebe quando não se estava a esperar...
...é fazer desenhos pelo ar, subir alto e descer, voar,só para me poder enrolar no colo do teu olhar...
...é como porta que não abre e deixa entrar...é uma mania de esquecer que portas são de fechar... eu já não sei do teu fechar, ando a sair e a entrar, só paro no teu olhar ...
...são teus olhos que querem brincar a esconder coisas que não são de ver e me tocam e abraçam, num abraço de falar...
...sou eu a tentar escrever coisas que te quero dizer, mas que só vais entender numa conversa que meus olhos vão ter ou no tocar de um beijo, que há muito se anda a esperar. E esqueceu o que é beijar... Troca tudo... é desejo, já nem sabe o que ia falar...
...é talvez algo que um dia guardamos e procuramos sem encontrar...ou somos nós que andamos perdidos e nem sabemos onde nos encontrar...
...ou quem sabe, pode ser que seja amor ou algum outro nome que alguém lhe queira dar, se gostar de inventar...
Eu chamo-lhe amar, mas o que é não sei falar, não me venham perguntar...
domingo, 27 de junho de 2010
Amo-te
Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?
Fernando Pessoa
Amo-te apenas porque não sei como não se ama...nem tão pouco como se ama. É só por isso que te amo.
As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
Fernando Pessoa
Sentir é criar. Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o universo não tem ideias.
Fernando Pessoa
Conformar-se é submeter-se e vencer é conformar-se, ser vencido. Por isso toda a vitória é uma grosseria. Os vencedores perdem sempre todas as qualidades de desalento com o presente que os levaram à luta que lhes deu a vitória. Ficam satisfeitos, e satisfeito só pode estar aquele que se conforma, que não tem a mentalidade do vencedor. Vence só quem nunca consegue.
Fernando Pessoa
O Amor tem um perder que é só de vencer... E nesse perder eu me encontro, eu só quero esse vencer...
A maioria pensa com a sensibilidade, eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar.
Fernando Pessoa
Eu não sei se penso, quando penso porque pensar eu só penso quando te estou a pensar e isso não é pensar, é amar. É por isso que eu penso que pensar é amar, sem amor não há pensar. Só pensa quem ama o pensar. E também se ama a pensar. Se paramos de pensar? Só o Amor sabe dizer e esse não é de explicar. Vá-se lá saber o que ele anda a pensar...
Será que o mundo podia mudar se pusessemos o coração a pensar e a cabeça a bater no seu lugar? É um caso para pensar: usar o coração e sentir com a razão. Talvez o mundo não fosse esta confusão!
sábado, 26 de junho de 2010
"Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre."
Cecília Meireles
Só o Amor é capaz de nos pôr a ver coisas que todos olham e só nós conseguimos ver, nem podemos crer e começamos a pensar que estamos a enlouquecer e nem nos importamos, adoramos esse ser. Só o Amor pode ver, leva-nos cegos pela vida, só para nos poder mostrar tudo o que sempre ali esteve e nem sabiamos olhar.
O Amor tem um olhar de estrelas a iluminar, todos os sóis do Universo, em ti só para eu te poder olhar. Correr o Mundo inteiro, ligar todos os candeeiros e não te conseguir ver e saber que bastam teus olhos, um pouco do teu olhar, eu posso ver o Universo, as galáxias, todos os oceanos, o mar. É assim o amor a ver, é assim que eu quero olhar... Não te ver e saber que estás sempre aí a olhar e tocar-te com palavras que te olham sem parar...
Eu não vou desviar o olhar, não consigo não te amar...quanto mais eu fecho os olhos mais eu vejo o teu olhar...
É o amor a apontar todos os candeeiros do mundo, eu olho e não te vejo e vejo o teu brilhar... Candeeiros pelo mundo inteiro não podem, não conseguem, o teu iluminar, eu não te vejo e não me canso de olhar, o teu brilhar...eu não sei como não te amar...
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Há pessoas assim...Palavras com amo-te...
Carta para teus lábios
Escrevo esta carta a teus lábios porque os meus há muito não páram. Não descansam, nem me descansam a mim, insistem em contar-te num beijo coisas que nem eu sei de mim.
Eu não a queria escrever, não vá eu ficar a saber, andar à minha procura e já não me conhecer. E perder-me assim de mim, não mais poder voltar ao sítio de onde vim. Tudo por causa de uns lábios que não páram de olhar para mim.
P.S. É melhor arranjar um mapa, marcar o sítio de mim, tenho medo de me perder e não te quero perder de mim. Porque o sítio de onde vim, começa numa certa marca que desenhaste em mim... um amor que não termina, não sabe o que é um fim (porque o amor só pode ser assim,ultrapassa a lei da vida, ignora a morte, não acaba)nem quem ama pode dizer: onde começa ou acaba um amor, é um infinito sempre a acontecer...
Eu quero conhecer quem já amou um dia e conseguiu esquecer... O amor fica ali em nós, até pode adormecer e quando pensamos que já não está a ser, espera caladinho, ali sentado, descansado, a ver e quando menos esperamos, põe-se logo no seu dizer e começa a aparecer. O amor é um começo infinito, um eterno acontecer... Pode mudar o seu ser, mas é amor e um amor não pode o saber do que é um desaparecer, nem o tempo o faz morrer...
Olhem bem com atenção: ele está lá sempre a ver, é amor e só o amor é capaz de ter um tal surpreender. Se já amaram, sabem o que estou a dizer, não adianta esconder, ele vai acontecer no dia que ele quiser, é amor, é o seu ser...
E se querem ver o amor, primeiro têm de se esquecer que ele está sempre ali a ver...
sexta-feira, 25 de junho de 2010
If music be the food of love...
If music be the food of love, play on;
Give me excess of it,
That surfeiting the appetite may sicken...
William Shakespeare
EU TE AMO
Ana Carolina
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir
António Carlos Jobim e Chico Buarque
retirado de letras.mus.br
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Love -The power of love
When the power of love
Replaces the love of power
Man will have a new name: God.
Sri Chinmoy
You have given freedom to your mind.
Therefore, your mind causes worries for you
About the future.
Why do you not give freedom to your heart?
Your heart will definitely prepare you
For the future.
Sri Chinmoy
Try to smile
When all else fails
Try to smile.
To your great surprise
You will succeed.
Sri Chinmoy
Ode to the book
When I close a book
I open life.
(...)
I learned about life
from life itself,
love I learned in a single kiss
and could teach no one anything
except that I have lived
with something in common among men,
when fighting with them,
when saying all their say in my song.
Pablo Neruda
retirado de "Poet Seers"
quarta-feira, 23 de junho de 2010
I can´t take my eyes off you...
Poema de Benjamin Constant
"(...) Todo sentimento precisa de um passado
pra existir.
O amor não, ele cria como por encanto um passado que nos cerca
Ele nos dá a consciência de havermos vivido anos a fio
Com alguém que há pouco era quase um estranho
Ele supre a falta de lembranças por uma espécie de mágica..."
Ana Carolina
Composição: Benjamin Constant
retirado de letras.mus.br
É Isso Aí
Ana Carolina
É isso aí!
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí!
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua
Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar
(...)
Composição: Damien Rice - versão: Ana Carolina
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Poema para provar...
Quero dar-te coisas doces, entregar-te o seu gostar.
Escolher pedaços de ti, só para te poder provar...
Bombons, pelo teu olhar.
Gomas e um jeito de tocar.
Rebuçado em teus lábios.
O mel,o lambuzar do teu beijar.
E há a coisa mais doce (que não é de comparar): é o sabor que deixas em mim, um gosto que não sei falar...
E saber da imensidão do que não se pode explicar: dar-te na boca um poema,só para poder provar... Peço a meus lábios, que um dia te vão beijar e o seu falar te possa então tocar...
sábado, 19 de junho de 2010
Desenhar palavras...
Bang big - é só um "barulhinho" de nada que qualquer coração é capaz de fazer, se nos apanha distraídos, só para nos fazer ver tudo o que um coração é capaz de fazer... é só um nascer ao contrário, um poder morrer de amor e querer e saber que isso é nascer... é só uma maneira de dizer aquela palavra mais difícil que se sente e quer dizer, um querer fazer-se entender...é um desenho de perceber...é o coração a "chatear",é só para avisar que não vai ser capaz de parar o seu crescer...é o que não te consigo dizer e quero que fiques a saber...
...é o que foste capaz de pôr no sítio do meu coração e eu te quero mostrar só para saber que sentes a maneira que o meu amor tem quando te vai olhar...
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domingo, 13 de junho de 2010
O teu riso - Pablo Neruda
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
(...)
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda
retirado de "Pensador"
“Quando você perceber o quanto tudo é perfeito, vai inclinar a cabeça pra cima e rir em direção aos céus.”
Sidarta Gautama in gnostica.org.br
Se não fosse o meu sorriso como confiarias em mim?!...
Penso em ti e cá dentro tudo sorri e eu sei, não me vês sorrir a mim.
Posso sorrir para ti, a chover dentro de mim.
E porque te amo, sorrio em cada pedaço de mim. Quem ama sorri assim.
Se não fosse o meu sorriso como confiarias em mim!...
Obrigado pelo sorriso que chove dentro de mim, um dia quero devolver-to e ver-te a sorrir para mim.
Romeu e Julieta...
Romeu - Minha amada Julieta, serás do meu coração, se porventura for a medida do teu, o sapato que tenho na mão!...
Julieta - (tirando as sapatilhas e atirando-as da varanda do quinto andar)Oh Romeu, meu amado, eu desço em seguida. Já é teu, meu coração.
Julieta lança-se da varanda, aterra em cima do Romeu e o salto do sapato espeta-se no coração do seu amado Romeu. Julieta chora desesperadamente pelo seu amado.
E aparece a fada madrinha que lhe diz:
- Eu sei que queres ir ao baile, mas já te tinha avisado que devias ter cuidado com esse sapato de cristal. Agora pára de chorar, o princípe está farto de te esperar e tem o par desse sapato.
E Julieta inclinado-se beija Romeu (imagem acima) que acorda do seu sono de cem anos.
Romeu - Julieta, meu amor, recebeste o meu mail. Aqui no palácio todos dormem e no meu reino também. Já podemos ser felizes, mas não acordes ninguém!
E foram felizes para sempre, mas agora calçam sempre sapatilhas!...E no lugar do coração usam o par do sapato que o princípe tinha na mão. E nem todos dormiram felizes para sempre, por causa da barulheira do bater dos saltos no chão, quer dizer, do coração!...
(Julieta torna a aparecer em cima.)- Jardim dos Capuleto
[...]
JULIETA — [...] Esqueci-me do que tinha a dizer.
ROMEU — Deixa que eu fique parado aqui, até que te recordes.
JULIETA — Esquecê-lo-ia, só para que sempre ficasses ai parado, recordando-me de como adoro tua companhia.
ROMEU — E eu ficaria, para que esquecesses, deixando de lembrar-me de outra casa que não fosse esta aqui.
JULIETA — É quase dia; desejara que já tivesses ido, não mais longe, porém, do que travessa menina deixa o meigo passarinho, que das mãos ela solta — tal qual pobre prisioneiro na corda bem torcida — para logo puxá-lo novamente pelo fio de seda, tão ciumenta e amorosa é de sua liberdade.
ROMEU — Quisera ser teu passarinho.
JULIETA — O mesmo, querido, eu desejara; mas de tanto te acariciar, podia, até, matar-te. Adeus; calca-me a dor com tanto afã, que boa-noite eu diria até amanhã.
ROMEU — Que aos teus olhos o sono baixe e ao peito. Fosse eu o sono e dormisse desse jeito! Vou procurar meu pai espiritual, para um conselho lhe pedir leal. (Sai.)
retirado de desanuviar.freehostia.com
sábado, 12 de junho de 2010
Me gusta quando callas
Me gusta quando callas
y estas como distante.
Y estas como quejándote,
mariposa en el arrullo.
Y me oyes desde lejos,
y mi voz no te alcanza:
Déjame que me calle con el silencio tuyo.
Pablo Neruda
retirado de Carmenmarirosi.com
E das palavras que ouvem, elas se perdem num calar. Caminham e seguem sempre por onde não se pode andar. Eu escuto o seu voar, é música, é um convidar. São palavras que me chamam ou é apenas um sonhar. E eu escrevo porque ouço o teu coração falar. Talvez seja apenas mania que o meu tem de inventar...
Eu gosto do teu falar...
sexta-feira, 11 de junho de 2010
..." But
if each day,
each hour,
you feel that you are destined for me
with implacable sweetness,
if each day a flower
climbs up to your lips to seek me,
ah my love, ah my own,
in me all that fire is repeated,
in me nothing is extinguished or forgotten,
my love feeds on your love, beloved,
and as long as you live it will be in your arms
without leaving mine."
Pablo Neruda retirado de "Poet seers"
ÁGUA, É COMO ÁGUA...
Água, é como água...
Uma sede, um querer beber, um saciar.
Um transparente, um curar, um gesto, um saber limpar.
Um flutuar e um afogar, uma catarata , um lançar-se sem querer saber...água, é como água.
Um agarrar o seu escorrer por entre os dedos e o saber... é água, é como água.
Quem a consegue deter ou onde irá ela nascer?
E a certeza,o encontrar,o saber... é água,é como água... é bem capaz de caber num oceano qualquer ou em nuvens de chover...
Água, é como água....não se explica, é de ser. Sem água, quem é que pode viver?
É água, é como água... é uma coisa de ser...pode voar e escorrer, encharcar ou até secar, anda por aí a ser...é água, é como água.
...É água, é como água, quem já não a sentiu escorrer? Quem não quis o seu beber? Um gelo, um derreter...É água, é como água... Está previsto, está no mapa, em qualquer boletim meteorológico. É o destino, é a vida, é coisa de acontecer, pois a sede já se sabe mais cedo ou mais tarde há-de aparecer. O amor já é coisa de prever, mais tarde ou mais cedo vai ter de acontecer...é água, é como água e como água bebemos o seu oferecer...
Ou atravessamos o deserto, pensamos que vivemos e secamos, não podemos sobreviver...
É tão simples: é água, é como água...
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