...porque as melhores coisas nunca são de saber, não há quem as saiba dizer, são coisas de ser...







domingo, 13 de junho de 2010

Romeu e Julieta...




Romeu - Minha amada Julieta, serás do meu coração, se porventura for a medida do teu, o sapato que tenho na mão!...

Julieta - (tirando as sapatilhas e atirando-as da varanda do quinto andar)Oh Romeu, meu amado, eu desço em seguida. Já é teu, meu coração.

Julieta lança-se da varanda, aterra em cima do Romeu e o salto do sapato espeta-se no coração do seu amado Romeu. Julieta chora desesperadamente pelo seu amado.

E aparece a fada madrinha que lhe diz:
- Eu sei que queres ir ao baile, mas já te tinha avisado que devias ter cuidado com esse sapato de cristal. Agora pára de chorar, o princípe está farto de te esperar e tem o par desse sapato.

E Julieta inclinado-se beija Romeu (imagem acima) que acorda do seu sono de cem anos.

Romeu - Julieta, meu amor, recebeste o meu mail. Aqui no palácio todos dormem e no meu reino também. Já podemos ser felizes, mas não acordes ninguém!

E foram felizes para sempre, mas agora calçam sempre sapatilhas!...E no lugar do coração usam o par do sapato que o princípe tinha na mão. E nem todos dormiram felizes para sempre, por causa da barulheira do bater dos saltos no chão, quer dizer, do coração!...





(Julieta torna a aparecer em cima.)- Jardim dos Capuleto

[...]

JULIETA — [...] Esqueci-me do que tinha a dizer.

ROMEU — Deixa que eu fique parado aqui, até que te recordes.

JULIETA — Esquecê-lo-ia, só para que sempre ficasses ai parado, recordando-me de como adoro tua companhia.

ROMEU — E eu ficaria, para que esquecesses, deixando de lembrar-me de outra casa que não fosse esta aqui.

JULIETA — É quase dia; desejara que já tivesses ido, não mais longe, porém, do que travessa menina deixa o meigo passarinho, que das mãos ela solta — tal qual pobre prisioneiro na corda bem torcida — para logo puxá-lo novamente pelo fio de seda, tão ciumenta e amorosa é de sua liberdade.

ROMEU — Quisera ser teu passarinho.

JULIETA — O mesmo, querido, eu desejara; mas de tanto te acariciar, podia, até, matar-te. Adeus; calca-me a dor com tanto afã, que boa-noite eu diria até amanhã.

ROMEU — Que aos teus olhos o sono baixe e ao peito. Fosse eu o sono e dormisse desse jeito! Vou procurar meu pai espiritual, para um conselho lhe pedir leal. (Sai.)


retirado de desanuviar.freehostia.com


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