...porque as melhores coisas nunca são de saber, não há quem as saiba dizer, são coisas de ser...







sexta-feira, 23 de julho de 2010




Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.

Quero-te só porque a ti te quero,
(...)
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.




Talvez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,

a sangue e fogo.

Pablo Neruda


retirado de "O pensador"


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